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“Para Deus tudo é possível”, diz homem com doença degenerativa ao se casar em hospital
05/10/2020 18:45 em Novidades

O vidraceiro Édson Pinto e a diarista Katia de Moura se casaram na sexta-feira (2) na capela do Hospital do Mandaqui, na zona norte de São Paulo.

Antes da cerimônia, estava difícil, para ele, segurar a emoção e as lágrimas e, para piorar a ansiedade, a Katia, como qualquer noiva que se preze, chegou atrasada.

O casal se conhece há um ano e meio e, por causa de imprevistos, só neste ano, o casamento foi adiado duas vezes. A cerimônia foi remarcada para essa sexta-feira e aí veio outra surpresa. Em 14 de setembro o Edson foi internado com uma paralisia no corpo, causada por uma doença neurológica progressiva.

Mas eles decidiram que se casariam de qualquer jeito. “Dessa vez ele falou: a gente vai casar de qualquer forma. Se não fosse no hospital, ele queria que levassem ele lá para o cartório”, conta Katia.

Esse foi o primeiro casamento realizado na capela da unidade hospitalar, inaugurada há 80 anos. Também foi primeiro evento com a participação de familiares de pacientes desde o início da pandemia. Todos os protocolos de segurança foram seguidos, como o uso de máscaras, álcool em gel e distanciamento social.

De acordo com a diretora da clínica médica do Mandaqui, Roselene Lourenço, o hospital vai retomar aos poucos as chamadas ações de humanização, que como no casamento do Édson e da Katia, aproximam os familiares dos pacientes.

“Vai ter uma grande importância no tratamento, no apoio emocional, para que ele possa ter um bom resultado”, finaliza ela.

E por pouco a Katia não chega ao próprio casamento. O carro que a levava quebrou no caminho. “Falei: meu Deus, não deixa adiar de novo, não é todo dia se faz 50 anos e se casa. Agora encontrei meu par, a tampa da minha panela. Agora, em nome de Jesus, somos marido e mulher”.

Pode não ter sido o casamento dos sonhos, mas foi o casamento possível para quem tem pressa de ser feliz.

“Eu não acreditava que era possível pra mim, mas para Deus tudo é possível. Então eu estou feliz porque ela foi uma bênção que entrou na minha vida e acreditou em mim. Eu creio que nós vamos viver juntos até ficar bem velhinhos”.

Fonte: Guiame

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